quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Quiz


Você sabe que a situação do banheiro da empresa é crítica quando:
(   ) A moça da faxina não entra;
(   ) Não fica ninguém no café, ao lado da porta do banheiro;
(   ) As pessoas que abrem a porta fecham e não entram;
(   ) Tem uma máscara ao lado das toalhas de papel;
(   ) TODAS AS ANTERIORES.

Preciso dizer a resposta correta???

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Minha Carta de Natal


Prezados leitores do blog do papai, peço licença a todos vocês (bom, pelos menos às 4 ou 5 pessoas que lêem esse blog!) para utilizar desse meio de comunicação para os meus primeiros pedidos de Natal. Pedi ao papai que ele me deixasse usar o blog, afinal eu vou escrever melhor que ele. Aliás, vou fazer tudo melhor que ele! Reparem só como ele está se acostumando com a idéia. Quando ele toma um gol no videogame eu nem escuto mais ele xingar! Tudo bem, eu até vou deixá-lo ganhar algumas vezes, para fazê-lo feliz. Mas, também, o irritarei bastante. Eu sei como fazê-lo! A primeira palavra que eu vou aprender vai ser mamãe, claro, mas depois eu quero aprender “Rá-Rá”, que nem o menino amarelo, do desenho que o papai gosta e se acaba de rir. Assim, toda vez que eu aprontar com o papai vou poder dizer Rá-Rá, só pra irritá-lo. Bom, mas não é esse o motivo dessa carta. Depois eu até posso pensar em escrever outras maneiras de irritar papai.

Essa é minha primeira carta de Natal!

E eu não tenho muito o que pedir agora, afinal, sei que terei uma mãe maravilhosa e carinhosa, que vai me amar mais do que tudo nessa vida. Aliás, que Mãe Coruja! Vocês vão ver! Então eu queria pedir pela minha mamãe, que ela tenha um Natal maravilhoso, com paz e saúde. Que você saiba que eu to me mexendo aqui dentro da sua barriga (sim, esse texto é escrito por wireless, por que?) porque eu amo estar ao seu lado. E mesmo quando eu aprontar e você gritar comigo, ou me der aquele olhar que só você sabe dar, saiba que EU TE AMO! Pedi pro papai escolher uma lembrancinha para você, vamos ver se ele fez direito!

Ao vovô e vovó, ahhhh, aqui ficou fácil. Com é bom poder fazer o que eu quiser! Até galopar nos cachorros e escrever no sofá vocês vão deixar! Eu sei! Já to sentindo nos olhos de vocês. Obrigado pelo presente viu. Eu sei que vocês não esqueceram de mim! E nem é noite de Natal ainda. Para vocês eu peço saúde e paz, que vocês vivam mais uns 100 anos (é a idade de vocês agora, né? Ah, mas me dá uma força, para com esse cigarro fedido...) para me ver crescer, me dar carinho, ensinar a jogar bola e a brincar e tudo isso.

Nono e Nona, vocês são divertidos. Aliás, essa Nona só me larga para pegar minha priminha no colo. Ai fica um de cada lado! É muito legal. O Nono às vezes fala que eu nem entendo! Mas eu acho legal, ele me ensina coisas que ninguém mais sabe! Eu sei que ele me aperta, me joga, me morde, mas é tudo tão legal! Bom, vou pedir mais 100 anos para vocês também! Com mais saúde e paz (Nono, você também! Vê se come direitinho e só doce diet!).

Ao meu padrinho, bom, segundo o papai ele é um caso perdido. Papai me diz que eu vou dar um coro tão grande nele e no meu tio, que eles nem vão saber o que aconteceu. Mas eu o adoro! Eu sei que ele tem uma porção de coisas para me ensinar e vai ficar jogando e brincando comigo. Claro que ele só vai me ensinar coisas até eu ser alfabetizado, porque, depois disso, eu que vou ter que ensinar para ele! Padrinho, para você também saúde, sucesso e muito dinheiro! E que seus sonhos se realizem, tá?

Outro caso perdido é a minha madrinha. Essa eu sei porque fica falando comigo, então não é papai quem diz. Ao invés de pedir por ela, vou pedir para ela: Para de colocar essas músicas sertanejas ruim na barriga da mamãe! E nem me faça ouvir essas coisas, que eu choro! Eu quero é Rock! Mas eu sei que você gosta muito de mim e eu gosto quando você faz aquela voz maluca de “tititi” – eu me assusto! Mas eu curto! Então, para você, juízo, sucesso, que você salve um monte de animaizinhos e ganhe muito dinheiro com isso! É muito bom ver você feliz! Só não vou pedir para te dar forças, porque senão você mata uns 3 ou 4 por aí!

Titios e Titias, o que pedir para vocês que estarão sempre do meu lado e me darão todo carinho, mimo e atenção? Bom, que vocês continuem me dando tudo isso! E muito obrigado, muita luz, paz, saúde e sucesso. E pra minha priminha, bom, que você tenha paciência para me ensinar um monte de coisas, que você corra atrás dos seus sonhos e faça aquilo que te deixa feliz! Eu fico torcendo por você!

Tenho que pedir ainda pela Bisa, pelas titias-vovós, pelos primões (e eu sei que tem uma prima que fala que vai se vingar de mim, pelo tanto que papai zoou ela! Mas ela não vai conseguir! Ela vai me adorar e fazer tudo que eu quero! Coitada, vou me aproveitar dela! hihihi), pelos amigos e amigas do papai e da mamãe (né, pai? Você falou que tem um tio que vai me dar um toques mais para frente!). Enfim, a todos vocês que estão torcendo por mim, me dando carinho e me acompanhando, peço saúde, luz, paz, harmonia, sucesso e alegria!

Papai, não esqueci você! Que você consiga realizar seus projetos: no prazo, custo e qualidade esperados! Paciência e me ensina tudo que você sabe, tá! Paz, saúde e aquela coisa toda!

FELIZ NATAL A TODOS E UM 2011 REPLETO DE ENERGIAS POSITIVAS, REALIZAÇÕES, SAÚDE E UM BEBÊ NOVO: EU!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Where is the Marijuana?


Genética. Só pode ser isso. E, no meu caso, acho que a carga genética vem dos dois lados.

Fatos:

  • Se há 100 pessoas andando na rua – entre elas meu pai – e aparece um bêbado, adivinha em quem ele vai direto??? No meu pai!

  • Já com a minha mãe a história é diferente. Se ela entra no banco e parar por 1 minuto na fila, a velhinha (ou velhinho) ao seu lado vai contar sobre toda a vida dela, mostrar fotos da família, falar da última cirurgia, sobre o bairro, o time que torce, remédios para unha encravada e por aí vai.

Talvez, se eu fosse menos preguiçoso, descobriria que isso já acontecia com meus antepassados. O pessoal da Itália, provavelmente, há muitos anos atrás, ao andar pela rua era parado por algum menestrel, que cismava em cantar os feitos das guerreiras anãs lésbicas do norte, na batalha contras as sangrentas criaturas-serpentes-aquáticas do oceano! Devia ser algo muito parecido com o Chatotorix, o Bardo, nas histórias do Asterix. Só pode!

Se for para pesquisar o pessoal do Brasil, então, nem se fale, devo ter tido alguma tatatataravó índia que ficava com um português chato na cola dela querendo trocar o colar dela por uma porra de um espelhinho!

Enfim, e como eu disse, trata-se de carga genética, portanto eu não iria escapar. Os bêbados não só vem direto em mim, como vão contar a história da família, mostrar fotos, falar da cirrose, da hemorróida ou qualquer coisa assim. Sim, eu atraio esse tipo de papo divertido! Vide o post “Conversas de Bebum”. E se estiver toda a família junta, a coisa é pior!

Era um Sábado ou Domingo à noite (acho que umas 18 ou 19h), há uns 16 anos atrás, em uma das mais movimentadas avenidas da Zona Norte. Quais as chances de você chegar com o carro, com toda família, parar em frente ao apartamento para descarregar e, do nada, surgir um rapaz e um bêbado correndo atrás dele com um cano de ferro nas mãos??? E parando todo o trânsito da avenida! Pois é, no nosso caso não só a chance é de 100%, como o bêbado cansa de correr atrás do cara e decide sentar o cano de ferro no capo do carro! Preciso falar mais alguma coisa? (aí foi nossa vez de correr atrás do bêbado... Legal, se alguém tivesse com um extintor ou uma torta de creme nas mãos dava pra montar um esquete para os trapalhões! Deixa pra lá...).

Semana passada, saindo tarde da última aula do MBA (ufa! Isso explica a ausência de posts! Mas ainda falta o TCC...), com mais dois amigos, aparece um tiozinho empurrando um carrinho de mão. 22:30. Três caras na rua. E o bêbado chegando com o carrinho. No que ele para do lado dos três, dá um risada e diz:

- Olha a roda que eu fiz pro meu carrinho!!! Essa não fura e não quebra neeeeeeem fodendo! Èéééé, tá pensando o quê? Bla-bla-bla...

Não tinha porque ficar dando trela pro bebum, mas acho que teve alguém no grupo, que não eu, que ainda soltou um: Legal, hein? (não foi? Uma nota para adivinhar, Maestro Zezinho, no 3, 2, 1...).

Ainda lembro um trabalho que fomos fazer no Centro Cultural. Colegial. Turma grande. Todo mundo de busão e metrô. Na volta, paramos em Santana para esperar o ônibus com as meninas. Sobrei eu, um grande amigo e mais duas meninas. Bêbado chega perto. Para. Olha. Olha de novo. Ajeita-se. E solta a perola, que utilizamos por muitos anos:

- Pega no cajado roliço!

Eu sei que isso é um blog de família, mas a frase foi essa! Ainda bem que o ônibus chegou logo a seguir.

Mas acho que a pior (ou a melhor, depende do referencial) aconteceu há duas semanas atrás. Festa da família. Pessoal reunido. Apartamento de 3 primões que estão morando em São Paulo. Festa tranqüila, diga-se de passagem. Sem música, pessoal light. Comida boa! Tudo ótimo. Só faltou refrigerante normal, porque acho que acabei com eles muito rápido! (#prontofalei. Só tinha cerveja, pô! rs). Lá pras 22h e tanto batem na porta. Eu do outro lado só vendo a cena. Já achei estranho, afinal a primeira coisa que você pensa é que vieram reclamar do barulho. Mas que barulho???

Porta aberta e - a partir de agora, fica a versão do pessoal ao lado da porta, eu só acompanhei a cara de perplexidade e espanto – do outro lado um rapaz, falando inglês*:

- Boa-noite. Alguém fala inglês?

- Sim, pois não! Respondeu outro dos meus primos.

- Então, é o seguinte, eu sou inglês, vim da Inglaterra.

- Humhum...

- E estamos fazendo uma festinha, aqui, no apartamento do lado.

- Certo.

- Então, a gente ficou sem estoque aqui.

- Hein?

- Alguém aí fuma?

- Sim, mas...

- Então, acabou a nossa maconha. Vocês não podem arrumar alguma aí pra gente.


É, não tem jeito... Nem preciso falar que ao lado da porta estava meu pai, né???



P.S.: Claro que não tinha maconha! Eu disse: O Blog é de respeito... E a família também!


Dedico esse post aos meus maravilhosos primos – e aos seus pais, claro! - e, principalmente, a Pri mais velha, em sua nova jornada: Pri, você é fantástica e não tenho dúvidas que se dará bem aqui em São Paulo, em Santa Catarina, na Bahia ou no Marrocos! Que bom ter alguém como você, que acredita e briga pelos seus sonhos, tem o pé no chão e que só merece sucesso! Boa-Sorte no seu novo trio-elétrico! (Brincadeira! Desculpa! Não resisti!)

Feliz Natal para vocês!!


* Traduzido, livremente, do inglês, pelo pessoal da porta.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fim dos Tempos



 Sim! Acaba, aqui, uma era. Não que eu tenha tido graaaaandes conquistas nos videogames, mas desde os 3 anos de idade treinando, para ganharem de mim nunca foi fácil! Por dois motivos 

1)      Modéstia à merda: Eu sou Bom! E quando eu sou mau, sou melhor ainda!

2)      Eu sou chato pacas! Ganhar de mim – antigamente, tá! Agora mudou... um pouco – era uma coisa chata, porque você ouvia que fui roubado; ou porque eu queria revanche; ou o controle tava quebrado (e estava mesmo!); ou, ainda, sem querer, eu já esbarrei no reset durante as partidas. Pronto! Confesso! Foi passado!

Aos 3 anos ganhei meu Atari e eu já jogava antes disso, no Atari do meu Tio. Com primos e um tio muito maiores e mais velhos que eu (nunca melhores! Rá!), era complicado jogar. Claro que eu só perdia! Ou melhor, normalmente eu só ganhava quando deixavam. E, normalmente, só meu pai e minha mãe deixavam (gente, agora eu sei a verdade! Bom, pelo menos até eu pegar a manha no Boliche do Atari, né pai? E isso explica porque nunca gostei daquela porcaria de Megamania: Vocês só ganhavam de mim!), o resto não tinha dó. Confesso que até por conta disso me tornei, hum, um pouco competitivo... Só um pouco. E com isso eu joguei horas... E treinei... Treinei Tênis até dar “quebra espinhas” com precisão. Treinei Decathlon até as palmas das mãos ficarem repletas de bolhas (e muitos controles estourados, que eu mesmo arrumava depois de um tempo!). Treinei ET até... Bom, ET era muito fácil, e acho que só eu joguei aquele negócio até o fim.


 Isso era Decathlon! Sim, esse aí é um corredor e ali em cima a torcida (olha a carinha deles!). Use a imaginação, caramba!


Claro que tive oportunidade de me vingar nos filhos dos primos! Mas isso é outra história. Além, é claro, das surras que apliquei na minha irmã mais nova, para praticar. Desculpe irmã, eu te disse: Smurfs, no Atari, era coisa pra macho!

Enfim, depois do Atari – aos 7 anos, mais ou menos - veio o velho e bom MSX, da Gradiente. Claro que aí começou minha paixão pela informática, mas os jogos ainda eram o objetivo principal. Era uma maravilha juntar os amigos em volta do computador, escolher um jogo, dar o comando run e... Pedir silêncio, que a gente devia ir lá pra fora jogar bola enquanto a fita cassete carregava o jogo. E porta fechada para não atrapalhar! Depois de trinta minutos carregando tudo, a gente voltava, jogava 15 minutos e decidia mudar de jogo. Bons tempos! O MSX não podia ser considerado um fator de sedentarismo. Eu mais jogava bola esperando os loadings, do que qualquer outra coisa. Pelo menos até o advento do disquetão! Louvado seja!

Aos 11 descobri que a minha tão amada locadora de filmes (conto essa história depois, também!) estava alugando um Mega Drive. Eu me lembro que quando eu consegui convencer meus pais a alugarem (o que demorou uma semana, falando todo dia, durante umas 8 horas por dia!), eu peguei Bare Knuckles (para os íntimos, em japonês! A maioria o conhece como Streets of Rage) e Golden Axe. A abertura do Bare Knuckels foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida! Que gráficos eram aqueles??? E aquela cor laranja??? Videogames não eram só 16 ou 32 cores???? O Mega alugado vinha só com um controle e com os amigos em casa já dei um jeito de usar um daqueles controles do Atari, com dois botões, no Mega Drive. Tudo bem! o cara só tinha o botão de soco! A primeira vez que ele apertava o botão já “chamava a polícia”! (Se você jogou, sabe do que estou falando). Se tivesse que pular, já era! O cara do controle do Mega tinha que arremessar o cara do controle do Atari. E rezar pra ele não morrer e cair em pé! (Era só colocar pra cima, pô!).

 Esse foi o meu primeiro final de jogo decente, onde as pessoas, efetivamente, pareciam pessoas!

Demorou um tempo até meu pai comprar o Mega para mim (depois de uma campanha “Não esqueça meu Mega Drive”, que durou uns 2 meses). Mesmo o videogame instalado no quarto dos meus pais, acho que o sossego de não ter de me ouvir falar nisso por um tempo foi um grande alívio! Isso, ou o fato de eu ter alugado um jogo chamado Devil Crash – o melhor pinball que já joguei na vida – pelo qual meu pai ficou apaixonado! (E zerou! Acho que tem alguma coisa genética aí no meio...)

Depois disso veio Sega CD (e como eu perdi horas e horas fazendo videoclipes do C+C Music Factory e colocando armadilhas na casa em Night Trap. Eu e mais os outros 20 proprietário de uma Sega CD. Pelo menos não comprei um 32X!), SuperNES (foram tantos jogos... Lembro ainda da jogabilidade do Blackthorne, horas de Sim City e o velho e bom Mario World. Sem contar o FIFA com 5 pessoas no mesmo time), Sega Saturn (nesse eu tenho o World Wide Soccer, na época um clássico! E o velho e bom Puzzle Fighters)... Nintendo 64 (Super Star Soccer Deluxe!!! Wave Racer 64!!! E o 007!!!)...

Em um final de semana na praia – um 1º de Maio – eu tive certeza de que amor à primeira era possível! Eu vi e joguei Final Fantasy VII no Playstation. Aquela abertura e os filmes em Computação Gráfica, até hoje, são coisas que me deixam de boca aberta. Voltando para São Paulo, bora comprar um PS! E assim foi com o PS2, Game Boy, Game Gear... Todos funcionando até hoje. Sem contar nos novos “brinquedos”, meu bom Xbox 360 (em sua 2ª ressureição!) e o novo membro: PS3, da D. Baratinha (se eu falar que é meu, apanho!).

Pensei que após tanto tempo de experiência e bons serviços prestados aos videogames eu estivesse pronto para os próximos lançamentos... Ledo engano... Aqui nasce minha derrocada... O dia? 18 de novembro de 2010.



Fim da Parte 1. (E da minha Vitoriosa história...)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Às vezes eles voltam... (ou Curso Rápido de Exorcismo)


A experiência acaba nos deixando preparados para muitas das coisas que encontramos em nossa vida. Para tantas outras, o tempo não vale tanto assim. Se você já assistiu ao quadro “O Real e o Sobrenatural”, no antigo programa Márcia, sabe disso! (Rá! Essa eu desenterrei...). Mas vale, também, para os antigos programas do Gil Gomes, no rádio, que eu ouvia quando dormia na casa da minha avó.

Eu me lembro de acordar ouvindo o rádio na cozinha. Era comum eu ficar deitado e ouvir sobre um homem que foi enterrado vivo, ou ainda a carona dada a uma pessoa, que na verdade era um fantasma e por aí vai, sempre com a cabeça coberta e rezando para que aquele barulho de vassoura na cozinha fosse mesmo coisa da minha Vó! Fora as histórias em família, coisas como uma mulher sentada em uma cadeira de balanço, vestida de noiva, pedindo carona na estrada ou, ainda, panelas que se batiam sozinhas (e não pela minha Tia, acordando a gente na praia, dizendo: “Aí Diabo! Puta que Pariu!”) e barulhos de correntes...

Os filmes de terror fizeram o resto do trabalho: Poltergeist, Exorcista, Terror em Amytville, Enigma do Mal (esse também conhecido como: “A História do Fantasma Taradão”). Sem contar os trash movies, como A Morte do Demônio! Passei por todos eles com louvor! Tive pesadelos com ET e Gremlins, mas os outros, aí de cima, não me lembro de problemas!

Então, basicamente, me preparei durante toda infância e adolescência para esse tipo de confronto. Outras obras de Stephen King também têm papel importante nessa formação. Assim como os gibis e o filme do Constantine, mais tarde.

Pois bem, alguns fantasmas resolveram voltar para me encher o saco. Coisas que eu pensei que estivessem mortas e enterradas. Coisas que não são desse mundo e que não respeitam as leis da natureza. Coisas que devoram a vida de homens, sua saúde e destroem sua família. Sim, estou falando de Projetos de Tecnologia da Informação. O que mais poderia ser? Sinceramente eu me sinto como a Regan, em O Exorcista: Porra, eu já me livrei desse espírito zombeteiro uma vez, sério que ele vai voltar? Sim, ele volta. Pelo menos até a parte 3 da sequência eu vou ter de aturar essa alma penada (e eu já estou na parte 3!!!).
Valem, no entanto, algumas lições que tive nos anos de preparação, para você evitar esse tipo de problema ou se livrar desse encosto:

a)      Nunca, jamais, vá em direção a luz: Principalmente à noite. A luz de computadores ligados a noite é um sinal de que o projeto está indo até tarde. Eles vão te pegar para ajudar! Fato! Portanto, fuja da luz! Passe longe! Não importa se você vê na luz a imagem de amigos, conhecidos e parentes. Fuja!

b)      “The power of Christ compels you”: A frase é legal, dá um efeito bacana nos casos de exorcismo. Antes de casar passei mal à noite, sozinho no apartamento, e vomitei até a alma (agradeço a São Outback por essa experiência com a outra vida!). Tenho certeza que ouvi o vizinho de algum dos andares gritar três vezes essa frase. Foi legal, até ri um pouco antes de chamar o Hugo de novo, mas não dá resultados. Fiz a mesma coisa com o projeto – com água benta! – e o máximo que consegui em retorno foi uma risada demoníaca de alguns “amigos”... Esqueça essa técnica.

c)      As coisas se mexem sozinhas: My ass! Nem você colocando pessoas responsáveis por cada tarefa elas se mexem, o que dirá sozinha! No caso em questão as coisas caem em cima de mim para que eu mexa com elas. E com você vai ser a mesma coisa. Até agora não sei como evitar isso...

d)      Autocombustão: Como diria o padre Quevedo: “Isso non eqxiste!”. Não mesmo. Eu tenho vontade de botar fogo nessa pitomba, por conta própria!

e)       O velho truque de virar a cabeça: Leitores, não tentei isso, ainda, mas do jeito que andam as coisas é uma alternativa. Tenho algumas idéias para colocar em prática, mas, basicamente, a técnica é vestir a camisa ao contrário (peça para alguém de confiança abotoar sua camisa), vestir a calça ao contrário e ao chegar ao serviço tire os sapatos e ande apenas no calcanhar, arrastando o sapato do lado contrário (esconda a ponta dos seus pés na barra da calça). Lembre-se, esse truque só dá certo com camisas de manga compridas! As pessoas vão sacar se seu cotovelo estiver do lado certo, portanto, cuidado! Se repararem na mão, diga que elas também viraram (nos dias frios use luvas ao contrário). Frases desconexas ajudam! Fale com firmeza. Diga que é uma língua morta qualquer: Aramaico é uma boa opção. Cuidado com o COBOL, pois tem gente que ainda entende essa. Garantia de licença! Nem que seja médica, para tratamento.

f)       Arrastar as correntes: Esqueça! Se tem uma coisa que os jogos da série Road Rash e o Mad Max me ensinaram é que correntes não foram feitas para serem arrastadas. Se tiver a chance saia com seu carro/moto e sua corrente. Ao encontrar seu chefe ou pessoas do grupo – aquelas que você tem mais “carinho e respeito” – gire a corrente e busque o pescoço/cabeça. Se você levar alguns amigos no carro gritando o riff da Cúpula do Trovão, dá uma plasticidade diferente: “Dois homens entram. Um homem sai!”. Um bom advogado faz a diferença nesse caso!

g)      A cena da risada sem razão: Se tem uma coisa que eu me lembro bem do Ash, em Uma Noite Alucinante (ou A Morte do Demônio, depende de quanto você assistiu esse filme), é a cena em que tudo na casa começa a dar risada dele. Ele não sabe o que fazer e começa a rir também. Ele ri até a margem do mais puro desespero. Não se preocupe. Se você leu esse texto até aqui – e assim como eu, está passando por problemas de Possessão Demoníaca de Projetos (as famosas PDP’s) - você não vai precisar fingir. É uma questão de tempo para você rir alucinadamente! Fala a verdade: Quantos Gerentes de Projeto que você conhece que são ou estão ficando carecas???


Se você ainda estiver rindo de alguma das referências acima, procure tratamento. Já pode ser tarde... The power of Christ compels you! The power of Christ compels you! The power of Christ compels you!



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Traz Chocolate Branco!



Eu gosto de chocolate branco. Aliás, adoro chocolate branco. Para mim é o único tipo de chocolate que realmente vale à pena. Se você acha que chocolate branco não é chocolate, pare de ler o texto aqui e vá para os comentários. Desopile o fígado, escreva o que quiser (Bazzinga! I don’t care!). E sinta minha fúria depois! Muahaha...

Mas como a idéia é ser um flash post, para voltarmos à programação normal, vou contar uma história rápida que aconteceu há quase dois anos atrás.

Foi um dia de semana normal, cheguei mais cedo em casa e estava jogando qualquer coisa no Wii ,quando meu celular toca. Na sala, eu, meu pai e minha prima. Atendi:

- Alô

- Oi, tudo bem?

- Tudo e aí?

- Tudo bem! To na rua ainda e vou me atrasar.

- Tá bom.

- Olha, eu já comprei o presente da Fulaninha. A gente vai ter que ver como fazer, no final de semana, para levar o presente. Eu ainda não comprei o material das crianças. Acho que a gente vai ter que passar no Shopping também.

- Tá bom. A gente vê.

- Qué alguma coisa da rua? Eu vou demorar um pouco ainda.

- Um chocolate!

- Ah! Aqueles com gengibre que você gosta?

- Chocolate Branco!

- Mas chocolate branco com gengibre?!?!?

- Ah, tanto faz...

- *risos* Tá bom, depois a gente se fala. Beijo.

- Beijo.


Desliguei o telefone a tempo de olhar para a cara do meu pai e da minha prima, que, sem entender, perguntou:

- Quem era? Minha mãe?

- Sei lá! Engano! Só espero que alguém ganhe um chocolate branco hoje. (Era engano, mas eu não ia abandonar minhas convicções!)



Se por uma dessas coincidências da vida:

a) Você que me ligou aquele dia ler esse texto:
 - Eu não recebi o chocolate!

b) Você que recebeu o chocolate no meu lugar ler esse texto:
 - De nada, Amigão!

Guerra é guerra (parte 2)


Três dias depois, os sinais de guerra eram claros. Vírus e Leucócitos mortos. Não se via nada além de sangue. Sangue em todos os lugares! (por razões óbvias).

- Capitão...cof-cof-cof... Capitão, na escuta?? Líder Branco falando, Capitão... Cof-cof-cof. Por que não temos contato com a base? Já matamos todos os vírus, por que mais e mais continuam aparecendo? Soldados! Soldados!

- Sim senhor, chefia, senhor!

- Eu pedi Soldados! Quem são vocês?

- Olha, chefia, é o seguinte, a coisa ficou meio complicada e acabaram recrutando plaquetas mesmo. A gente tava meio de saco-cheio desse serviço de correr pra parar sangramento. A gente quer ver sangue!

- Meu Deus. Vocês vivem no sangue! Querem ver mais o que?!?!

- Ihhhh, ó o cara, aí! Seguinte, a gente quer ir pro front. Wanderbelson, aos seus serviços! Eu e o Piolho aqui – mas se o senhor quiser pode chamar a gente de 01 e 02 – praticamo pacas Call of Duty: Modern BloodWar. Inclusive, se você procurá por nóis, você vai acha que somo tudo nível 50!

- É, chefia! Minha mãe não deixa mais eu joga, desde que ela me pegou xingando uns argentinos no modo on-line! Eles me chamaram de “plaquetita de macaquito”!?!?! Bando de F...

- Parem vocês dois!! Eu mereço! Acho que não teremos dificuldade, já que a grande maioria dos vírus já está morta, mesmo! A missão é de reconhecimento e procura, não consigo falar com o Capitão. Já que a dificuldade é zero, vocês estão recrutados.

- Beleza! Manda as AK pra gente agora que eu quero sentar o dedo num filho da...

- RAPAZ! Você é burro ou o que?!?!?! É só para procurarmos o Capitão!

- Tá, firmeza, chefia. Mas nóis volta pra janta, né? Senão a mãe fica brava!

Horas depois, a “nova equipe” do Líder Branco chega à base, no pulmão. E são surpreendidos por uma cena bizarra.

- CAPITÃO O QUE É ISSO?!?!?!

- Olha lá, Piolho, o Veio do Capitão tá dando um trato naquela vírus nível 5!!! Continua filmando com o celular Piolho, não para não! Se a Geyse Arruda saiu na Sexy, nóis vai fatura uma nota com essa vírus e o Capitão peladões!

- Verdade, Wanderbelson, é bem melhor ver isso que a Geyse!

- Err, senhores posso explicar... é que...

- Capitão, como Líder Branco e segundo em comando, aqui, o senhor está preso! Isso explica porque essa gripe não passava! O senhor tá pegando a vírus! E reproduzindo com ela!!! Porra, Capitão!!!

- É, Véio! Tira esse uniforme! Você não é caveira, você é muleque! Muleque! (filmô aí, Piolho?!?!?!)


Aparentemente o Capitão e a Vírus aproveitavam enquanto o Líder Branco dava um pedala na orelha dos dois Plaquetas folgados e fugiram em um espirro, que se formava por ali. Ninguém sabe, até o momento, qual o destino dos dois foragidos, mas aparentemente o Gordinho está melhor.

Relatos recentes informam que depois da fuga do Capitão a D. Baratinha, esposa do Gordinho, também ficou gripada...



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guerra é guerra (parte 1)


Sábado, 20 de novembro, 23h.

- Capitão Leucócito, senhor?

- Prossiga Líder Branco.

- Senhor, parece que temos novidades. Novo ataque. Uma espécie de Gripe Nível 5!

- Aí Meu Deus! Eu não acredito nisso, o Gordinho vai estragar o meu final de semana...

- O que foi senhor?

- Nada, nada. Mande uma equipe de reconhecimento. Mande só neutrófilos, acredito que eles estejam com fome. Quero um reconhecimento completo, em 6h, positivo?

- Positivo e Operante, Capitão! Eu sempre quis dizer isso...

Seis horas depois...

- Capitão, na escuta?

- Prossiga Líder Branco.

- Capitão, confere! Parece um vírus hostil terrorista, Gripe Nível 5. Ele depositou bombas nos membros superiores e inferiores, não conseguimos chegar a tempo.

- Hummm, isso explica o Gordinho reclamando que não consegue se mexer. Você verificou a base de dados da CIA (Centro de Informações Antivírus)?

- Positivo Capitão! Sem identificação. Diga-se de passagem, o Gordinho é uma espécie de enciclopédia de doenças ambulantes. Encontrei bronquite, caxumba, catapora, diferentes casos de diarréia – aliás, senhor, se me permite dizer, o senhor devia consultar os vídeos das diarréias, tem coisas muito engraçadas lá! – até suspeita de H1N1 eu encontrei nos arquivos.

- Estou ciente. Ele é um pé no saco! Mas, enfim, somos pagos para isso. Reúna os homens, quero uma força tarefa com os granulados que conseguir encontrar.

- Capitão, senhor? Posso sugerir “um calor” no Gordinho? Teremos a vantagem de aumentar a temperatura e acabar com esse vírus. Teremos o bônus de ver o Gordinho suando e reclamando, o que é sempre interessante para os vídeos do arquivo!

- Negativo, Líder Branco! Negativo! Que espécie de idéia é essa?!?! Mas você me deu uma boa idéia: iniciaremos o ataque com uma febre de 38°C, copiou? Grave tudo em vídeo, teremos reunião de fim de ano, dos superiores, no próximo mês e eu quero fazer a abertura com os piores momentos do Gordinho. O pessoal adora!

- Ah tá (uau)... Ótima idéia, senhor... Estou providenciando.

... Algumas horas e muitos suores depois...

- Capitão! Capitão!  Acabou o Domingo, ele já tomou Benegrip, homeopático, tomou banho, acho que vi o Gordinho pulando em um pé só, falando “Pé de pato, mangalô, três vezes”. Aliás, a coisa deve estar séria, Capitão, eu o vi sorrindo quando o Fluminense fez gols! Contra o São Paulo! Capitão, ele não estava xingando, estava rindo!!!

- Meu Deus, a coisa é séria! Muito bem, vamos deixá-lo dormir, enquanto isso, quero mais um batalhão de granulados da infantaria e linfáticos com rifles combatendo o vírus. Sei que é Domingo, mas deixe os monócitos com as snipers a postos para segunda-feira. Essa Guerra está apenas começando...

Fim da parte 1.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É Peruca???



Post rápido, para voltarmos à programação normal:


Não sei quem foi o engraçadinho que inventou que criança não mente. Sério!

A cena é simples: Um dia de semana, estou descendo no elevador, sozinho, quando este para no segundo andar. Abre a porta do elevador, do lado de fora uma senhora e um anão fantasiado uma menininha (de uns 4 ou 5 anos). A senhora abre a porta:

- Desce?

- Sim

A menina olha dentro do elevador.

Olha pra mim.

Aponta a mão para o alto e diz:

- É PERUCA???

Bom, sinceramente não deu tempo para pensar muito no que responder, consegui, no máximo, um:

- Não! Parece?!?!?!

A senhora fechou a porta e disse:

- A gente vai no próximo!

Ainda deu tempo de ouvir:

- Aí, Meu Deus! Fica quieta, Fulana!

Ainda não cortei o cabelo, mas a decisão tá tomada! Tenho medo de que o próximo guri, ao abrir a porta do elevador, diga (como um Amigo meu):

- Ih! Quéissaí??? Tem um bicho morto na sua cabeça, Tio!


Em Tempo: Filho, que está a caminho, eu vou te treinar para parar o elevador no segundo andar e sacanear a mãe da garotinha... Sei lá, pergunta se ela tá grávida ou só é gorda assim mesmo (ou qualquer coisa que o valha!). Mas faça isso com a sua mãe junto! Dá de a menina lembrar de mim... E a gente se vinga do Tio que fala do bicho morto, que, até lá, nem vai ter mais cabelo!!!

Esse cabelo vai entrar na moda! Eu juro!



PS: Tá bom! Meu cabelo tá parecendo do Coalhada, mas não é peruca, pô!


terça-feira, 9 de novembro de 2010

A História de Zumbongo

 
Nossa história começa há mais de 30 anos, quando nasce nosso anti-herói. Vindo de uma família normal, desde pequeno mostrava sinais de que, apesar da aparência humana, não conseguiria enganar os outros por muito tempo. Enquanto acordado conseguia manter as aparências e evitava palavras desconexas, como “Blergh!” “Blargh!” ou “ouoooooo!” (igual ao Dinei, sabe?) , assim como, controlava seu afã por cérebros e outros quitutes do corpo humano.


Fatos da Vida de nosso Zumbi:

- Por volta dos 4 anos de idade, nosso anti-herói foi passear na praia com um casal de primos. Mãos dadas, todo pimpão, caminhando cedo pela praia. Depois de alguns minutos de caminhada ele apaga e continua andando. Assim! Acredito que quem assistisse à cena ficaria com a impressão de que George Romero estava filmando um de seus clássicos em Long Beach (São Paulo/SP - BR): A Praia do Zumbi Mirim - na Sessão da Tarde o chamado seria mais ou menos assim: “Esse zumbizinho muuuuito louco vai a praia a procura de miolos e apronta as maiores confusões!” - só faltou, realmente, dizer “Céééérebroooo” enquanto caminhava, com dois adultos arrastando-o de volta para casa, de cabeça baixa e olhos fechados;
 
- Novo fato e, novamente, na praia. (Nota do escritor: Talvez houvesse alguma emissão de gases, de alguma experiência do exército ali na praia... Talvez essa seja a origem do mal!) Enfim, novo passeio – já aos 8 ou 10 anos de idade, a memória “recente” do zumbi tem falhado – também com primos. Também cedo. Na calçada que ia da casa de sua tia à praia tinha uma boca de lobo sem tampa. E assim ela ficou durante muitos anos. O “pequeno“ zumbi sai com os olhos fechados, prancha de bodyboarding na mão, em direção à praia, pela calçada da boca de lobo. Mesmo com os seguidos avisos de “ó o buraco... Ó o Buraco! Ó O BURACO!!!”, nosso herói entrou em seu sono catatônico. Por sorte, o zumbi aprendeu que anjos da guarda não se importavam com sua condição inumana: Um dos pés do Zumbi pisou em uma borda e o outro atravessou por cima do buraco, para alívio dos espectadores vivos;

- Isso para não falar em todas as viagens de carro. E por viagem de carro entenda: entrar no carro como passageiro e alguém ligar o carro. Pronto! Banco da frente, banco de trás, até mesmo em uma cadeira de praia na parte de trás de uma caminhonete F-1000... Zumbi Mode: On!

- Recorde do nosso anti-herói: Desfile das Escolas de Samba de São Paulo! (afinal, convite ganho, não dá pra escolher muuuuito o que se vai assistir). Primeira escola, aquela alegria, o zumbi, ainda em seu estado humano, levanta os dois dedos indicadores, braços para o alto em movimento e beleza! Tá sambando! Não precisa mexer o resto!



Nota de Agradecimento do Zumbi: “Obrigado a todos os alcoólatras conhecidos das festas de infância! Sabe como é, fim de festa, o pessoal sempre colocava na vitrola (e se você não sabe o que é isso, eu sinto muito, você também não vai saber do que estou falando!) ‘Viveeeer e não ter a vergonha de ser feliz...’ e a galera do álcool saía, com os dedinhos levantados, copo de cerveja/chope/whisky na mão, em trenzinho e cantando... Coisa Linda!

Senhores, o pior é não sacar que quando tocam essa música é pra ir embora! Chega! Acabou a festa!

Obrigado.”



E vem segunda escola, terceira, acho que lá pra quarta, chovendo, o Zumbi, de capa de chuva, com aquele barulhinho das gotas batendo no plástico, não teve dúvida: Apagou de novo! Em frente à bateria.



Enfim, nosso Zumbi já entrou em transe em festas de aniversários, reuniões familiares, filas e até jogando videogame, quando conseguiu a façanha de ganhar set, game e match no Beach Volleyball, do PS2, contra outras duas pessoas... ACORDADAS!!!

Isso para não falar nas inúmeras vezes que nosso herói dormiu no telefone enquanto falava com sua namorada e atual esposa. Talvez por medo do poder zumbi, ela não o acordava ao telefone... Isso, ou pelo fato de que quem ligou foi ele e caberia só a ele explicar, para o Papai Zumbi Sênior, o valor da conta telefônica, quando ela chegasse.


Nova Nota Zumbi: Papai Zumbi nunca havia sofrido dos mesmos males de seu filho zumbi... Pelo menos até os cinqüenta, quando começou a sofrer a síndrome do Vovô Simpson. Não importa onde ele esteja, depois do almoço, a voz do Zumbi interior também o chama e ele apaga! Talvez, no fim das contas, seja genético! Hoje em dia até contando histórias ele dorme!



Mas a alcunha definitiva de nosso Zumbi só veio há duas semanas atrás. Enquanto ele assistia ao filme A Maldição dos Mortos-Vivos, pegou no sono (sem novidades, afinal é uma maldição zumbi!), acordou no meio do filme e foi para o banheiro escovar os dentes – ele é Zumbi, mas é limpinho, pô! - Lá, ele disse para sua esposa:

- Uaaaahhhhh!

- O que é isso? Um Zumbi Mongo?!?!?!


E assim nascia Zumbongo, o Zumbi Mongo...


Dizem que a noite, se você prestar atenção, você escuta o ronco do além de Zumbongo... No prédio inteiro! Mas pra mim isso é lenda...

 Zumbongo em vários momentos!

Não perca as próximas aventuras do nosso anti-herói.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Caso da Terça à noite na TV – Parte Final


(Tentando descobrir o começo da história??? Siga esse suspeito: parte1!)

“Em nosso último episódio, enquanto Jambo estava grávida, deitada no sofá, nosso amigo Ruivão olha para a TV...”

Lucianta Gimenez. Sim. Mais uma vez eu me via frente-a-frente com a mais anta de todas as apresentadoras de TV. A Palmirinha tinha a desculpa da idade, pelo menos (com voz de Huguinho: “faaaca!”). Maldita hora que guardei a arma! A Lucianta só perde para a Carla Perez, com seu famoso “i’, de “iscola”, no extinto Fantasia (enquanto escrevo isso, meninas dançam ao fundo, apontando para o pulso esquerdo e em seguida para a própria cabeça, repetindo o passo incessantemente).

- Fica vendo a TV...

- Sério que você quer que eu assista isso?! Nem acredito que você – que já participou do filme dos Caça-Fantasmas - faça isso!

- Fica olhando...

- Tá, o que eu quero saber da ex-namorada da Thammy Gretchen?!?! Tudo bem, confesso que eu vi as fotos... Até assisti ao filme (eu era solteiro ainda!), mas e eu com isso??? (essa era uma maneira educada de dizer E O KIKO?!?!?! Não sou louco... Ela estava perto, podia me acertar com um marshmallow)

- Não é isso! A outra, que namorou o Ronaldo!

- A namorada da Thammy não namorou o Ronaldo! Eu sei disso! Aliás, hoje em dia ele nem gosta da fruta!

- Não! A outra que tá no programa namorou o Ronaldo! Olha ela lá!

- Onde? Peraí, das ex-namoradas do Ronaldo eu vi na mídia a Vivi, a Nádia, a Milene, Armandão Pé-de-Mesa... E dessas, eu me lembro das fotos das duas primeiras e do filme da Vi...

- É essa mesmo! Olha lá como ela tá gorda! Que horror!

Nesse momento não entendi bem o que ela quis dizer: se era uma crítica a Vivi ou a mim, como obeso, mas vamos relevar. Ela realmente estava gorda! E agora arrependida dos filmes que fez. Eu concordo com a Vivi, tem que se arrepender mesmo. Se muito, o filme é nota 6, porque estou de bom humor! Não que eu espere um grande enredo, ou grandes efeitos especiais, mas, “fia”, foi triste...

Claro que um programa como esses só podia trazer algo a acrescentar a cultura dos seus telespectadores, não apenas mostrar o drama da Vivi! Ela agora crê “na palavra” e se encontrou com Jesus. Deve ser o da Madonna, porque a cara dela não me engana. Aliás, esse negócio de palavra eu nunca entendi. Gostaria de ver um pastor, sério, na televisão, olhando para a Vivi e dizendo:

- A palavra é “Ilariê” e tá em uma música da Xuxa! Valeeeenddooooo...

Logo em seguida um dos participantes levanta com uma mala transparente, com notas de R$100,00 e fala para o pastor ou apostolo ou whatever (Bazzinga – de novo – I don’t care!):

- Pastor! Se você for, agora, lá pra dentro e assistir a um filme pornô, eu te dou essa maleta com 1 milhão de reais!

Virei para Stay Puft e disse:

- Humpf, por dez real eu faço o mesmo serviço... E se me mandar o avi por e-mail é de graça!

- Besta!

Achei então que era hora de aumentar o nível da programação da minha TV, enquanto Stay Puft se levantava leeeeentamente para ir ao banheiro. Pela terceira vez desde que eu cheguei em casa!

Mudei para Record.

Era dia de formação da Roça em A Fazenda 3... Era isso ou A Praça É Nossa...



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aí-Aí!


Indícios de que a 2ª parte de uma sexta-feira vai ser complicada:

1)      Retorno: volto do almoço e vou escovar os dentes.

2)      Entra o Pit Boy típico no banheiro: bombadinho, cabelo Neymar, camiseta baby “sauro” look, calça jeans rasgada, correntinha...

3)      Gracinhas: O cara já entra no banheiro fazendo gracinha com todo mundo.

4)      Visão do Inferno: O cara abaixa na pia - na sua frente - e fica balançando o cofre de um lado para o outro. (pensei em gritar: “I’m Blind! I’m Blind!”)

5)      Papo Besta: Ele vira pra você e diz:

- Agora eu só queria uma Ferrari e dez loiras

- Eu dispenso a Ferrari.

- ***  pausa para pensar *** HAHAHA...Boa, tem razão


6)      Bichisse:

- Meu, eu tava no shopping e entrou uma mina muuuito gata na loja! E nessas lojas que as atendentes já são gatas! A Loja parou! Ela devia ter chulé, bafo... qualquer coisa! Muito Linda a morena.

- Hum. Era perfeita, né?

- Então! Parecia Sandy e Junior

- Parei! Você é viado! Junior?!?!


Saí do banheiro... a sexta promete.

Agora Falando Sério


Inauguro, agora, uma nova seção nesse blog, a sessão: “Agora Falando Sério”. Assim, como a música do Chico. Nessa sessão (e agora com “S”, pois será um encontro terapêutico, de mim para mim mesmo) eu vou deixar a graça de lado e falar um pouco sobre o que eu sinto, sobre pessoas em minha vida, sobre fatos e acontecimentos... E esse pouco fará com que você, que lê esse blog, me conheça muito. E para quem já me conhece, ratifique algumas certezas!

Esse primeiro eu dedico a todos os amigos, aos meus pais e a minha esposa e filho, mas, em especial, pela situação, à minha irmã e a um amigo do serviço.

Esse texto foi escrito, inicialmente, para um GRANDE amigo que estava passando por uns momentos difíceis, então, esse texto é seu, também, little Brother!

Espero que gostem... Ele tem algumas pequenas alterações, mas a idéia é a mesma do dia que escrevi. Ele se chamava "Réquiem a um Amigo", não pelo fato em si, mas pela dor que ele devia estar sentindo.

Boa Leitura.



Eu podia imaginar o começo de um blog de qualquer jeito – principalmente do meu jeito: fazendo graça - mas acho que uma das funções mais importantes para um texto é fazer o leitor sentir o que o autor sente. E isso é difícil!

Na contramão, é fácil para o autor – pelo menos para esse aqui – se emocionar com os outros e chame de empatia, solidariedade, afinidade; eu chamo de amizade.

E com isso, definitivamente, começo o meu blog. Pode não ser o primeiro texto a ser publicado, mas vai ser o primeiro texto que efetivamente escrevo para alguém ler. E esse texto - essa prece, na realidade - é para um amigo... Não, é para O amigo.

É estranho como a vida da gente dá algumas guinadas que, via de regra, não só nos pega de surpresa, como desmonta a gente. E nessas horas a maior vontade é se esconder em um buraco, jogar tudo para o alto e torcer pra acabar logo... De um jeito ou de outro. E nessas horas é o mundo inteiro contra você: sem razão, só força... Até certa idade (acho que, no meu caso, até uns 60 ou 70... Não sei, só vou saber quando chegar lá!), um bom soco na parede resolve o assunto, mas isso passa a ser insuficiente. A dor ainda é pouca...

São duzentas e “n” coisas passando na sua cabeça e nenhuma delas dá um minuto de folga. O pior: a culpa – pra você mesmo – é toda sua, mesmo que não o seja! E nessas horas eu realmente não sei o que fazer, tanto na posição de problema, como na posição de amigo. E problemas serão sempre problemas: todos têm! Cada pessoa sente na sua intensidade, de 0 a 100%, e para aquele que sofre efetivamente com aquilo – mesmo que essa única pessoa seja 0,001% dos seus amigos - a intensidade da dor é, sempre, 100% pra ele.

Como amigo, acho que só resta ouvir e torcer. Torcer para que tudo acabe bem. Acabe rápido. Acabe em um final feliz, mesmo que finais felizes nem sempre existam. Como ouvinte, cabe ir além de escutar , até porque nem sempre é possível contar o problema - e há de se entender essa parte! Que diferença faz entender isso... E nessas horas, só cabe sentimento... Afinal, nem sempre animar o outro lado é o melhor a ser feito. E com o tempo - com os amigos - a gente vai ganhando essa percepção. E dividindo sentimentos. E só resta rir ou chorar. Com o seu amigo. E dói ver um amigo triste, mais por não ter o que fazer, do que propriamente por sua tristeza.

Então, meu amigo, por mais que o momento, hoje, seja de dor e sentimento de derrota, você não está morto! Vai passar... E, acredite, você fez o seu melhor (e eu não tenho a menor dúvida nessa parte), independente do resultado... E nessas horas também não contam as suas qualidades, por melhores e maiores que sejam (e são), parece que ainda é pouco...

Mas dentre todas as suas qualidades, vale destacar uma: Você é o amigo que me ouve e está comigo sempre que preciso, então eu sei que você vai sair dessa. E, não tenha dúvida, estou com você, sempre!

Um Abraço!


Ainda teremos muitos pores-do-sol pela frente... E o Sol sempre nasce de novo, no outro dia!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Caso da Terça à noite na TV – Parte I

Terça-feira! Era uma dessas terças normais, sem muito pra fazer ou dizer. Fiquei no meu escritório o dia inteiro, consegui fazer um cronograma para encontrar um projeto desaparecido... Como Detetive, já estava de bom tamanho.

Chego em casa às 22h e 30 min., certo de que qualquer coisa não estava certa. Os avisos começaram no carro. O sinal “INSP” piscava no painel.

Significa??? Difícil saber.

Ele pode dizer que estava INSPirado, mas para um carro 1.0, que só chega aos 70Km/h, não pode ser inspiração, no máximo transpiração para passar a mobilete à minha esquerda. Podia ser INSPeção veicular, da prefeitura, mas não acredito que o carro fosse tão “in” assim! Talvez INSPissar
(Google it!), mas não haveria nada que eu pudesse fazer com o carro nesse sentido.  Enfim, tem uma coisa que aprendi nesses anos todos de computação: Não existe tecla “any”! Fato! Por várias vezes o computador já me pediu: “Press Any Key!” e por horas varri cada uma das teclas do teclado... Sem sucesso, a raiva tomou conta de mim e apertei qualquer tecla... Funcionou! Com o carro também deu certo. Essa é a técnica que uso quando não sei o que fazer. O importante não é dar certo ou errado. É ter em quem por a culpa, se der errado.

E antes que você dê a sugestão: manual é para os fracos! E eu precisaria de um banheiro para fazer uma leitura atenta do manual, o que não vinha ao caso.

Desliguei o carro e tomei a mesma decisão de toda a noite: chamar o elevador. Escada é para os fortes! Não é o meu caso. São anos e anos preparando meus músculos abdominais com Big Mac’s e Coca-Colas. Já criamos um vínculo... Não posso perdê-los agora. Até por que, se o fizesse, eu ia ficar parecido com o Lino Vem-que-Tem, do Snoopy, só que ao invés de arrastar um cobertorzinho, eu iria arrastar a pelanca da barriga...

(Esse sou eu, antes de chegar no elevador)


Entro em casa. No sofá uma miniatura do Stay Puft – o Homem de Marshmallow – me aguardava, comendo um Cornetto Chocolate-Caramelo. Seus pés e pernas eram pequenas bolinhas brancas e a barriga não me enganava. Faltavam só o bonezinho e a roupinha de marinheiro.


Caro(a) Leitor(a), faço uma breve interrupção nesse post para dizer: Se eu aparecer morto foi a D. Baratinha que, mesmo grávida e com pés inchados, me alcançou e acabou com a minha raça... Denuncie!

Amor, eu sei que você vai ler isso! É uma piada, tá? Seus pés estão lindos inchados!


- Boa-noite Stay Puft! - Eu disse, tirando meu casaco e meu chapéu. Achei que não era hora, ainda, de me separar do meu coldre e da minha arma...Não sabia que reação ela teria.

- Humpf! Idiota... – Foi o máximo que consegui de volta. Já podia guardar a arma no armário.

Olhei na mesma direção dos olhos de Stay Puft... Super Pop na TV. Meu tormento estava apenas começando.

 
Continua...