quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Conversas de bebum (ou A Rob Gordon's day in the life)

Não tem jeito, tem dias que de noite é assim. Mas esse caso foi só de dia mesmo. Claro que a coisa toda podia ser diferente, gostaria que a história começasse assim:

Era uma terça-feira, dessas terças de céu aberto e temperatura amena. Aquele dia que você tem certeza de que tudo vai dar certo. Eu e Ela na estação de trem, parados, de mãos dadas, esperando. Trocando palavras, olhares e carinhos.

O simples fato de estarmos juntos, lado a lado, era promessa mais do que suficiente de um passeio romântico e tranqüilo, rumo a Ribeirão Pires...

Ok, nessa última parte já ferrou tudo! Ribeirão Pires. Trem de São Paulo. E o principal motivo pra coisa desandar: EU. Até que a coisa começou bem, o trem demorou uns quinze minutos no máximo e como estávamos no contra-fluxo, foi fácil conseguir um lugar para sentar. É claro que em determinadas horas eu faço a mesma piada. Sempre. E com o trem não é diferente. Chega um determinado momento da viagem que aquela porcaria começa a ir devagar. Beeeemmm devagar. E começa a chacoalhar, de um lado para o outro, beeeem devagar... Minha reação, claro, é cantar: “Na Montanha Encantada, Você. É sempre. Feliz! Lá- Lá- Lá- Lá Lá- Lá- Lá- Lá-...”

Da primeira vez que fiz isso, eu tenho certeza de que vi a menina sentada a nossa frente enfiar a cara na bolsa, no seu colo, para segurar a gargalhada. Ou isso, ou ela procurava o cartão com telefone do psicólogo dela. E aqui vale uma ressalva. Além da Montanha Encantada, entrar no Trem me faz sentir como Indiana Jones! Eu tenho certeza de que uma hora ou outra entrará no trem um figura estranha, com um tapa-olho e um macaco no ombro. Ele vai olhar diretamente pra mim e dizer: “Olhaaaaa, o aparelho de cabelo é dez real! Faz Barba! Faz cabelo! Faz bigode!” Sério amigo??? Essa porcaria me lembra o aparelhinho que minha irmã tinha no Super Massa Salão de Cabeleireiro®. E você quer que eu acredite que com dez “real” ele vai cortar meu cabelo?? Really???

A viagem segue e continuamos conversando, falando da vida, ela me diz:

...Olha o Drops! Sabor Original! É um real!

Bom, ela tentou dizer alguma coisa. Para quem não sabe, eu sou casado com a Dona Baratinha. Aquela da animação da Internet, que xinga todo mundo. Bom, é outra história, mas já deu pra sentir o que vem depois, logo que paramos na estação e o vendedor desce: “Eu não acredito, fica no alto-falante dizendo que é proibido o comércio dentro do trem e esses...”

Piiii... Olha a revistinha de tabuada! Diverte e Educa! É um real. Tem revistinha de Português e Jografia (eu sei! “Jografia” é foda! Não compraria uma dessa nem pra rascunho)... E na minha mão é mais barato que na editora...

Enfim, depois dessa ela desistiu de falar. Viagem segue! (eu sei que eu já escrevi isso, mas tenta ir de trem pra Ribeirão Pires e você vai entender o que estou falando!). 

Na nossa frente um senhor, de boné, sacola, óculos escuro na cabeça (na verdade no boné! Apoiado na aba. E, sim, “um senhor” não é eufemismo. Ela já devia beirar os sessenta anos) e outro óculo escuro na mão.
Ele olha pra gente, olha para o óculos escuro e solta:

Esse óculos é do bão! Prometi dar de presente para um amigo, mas é melhor que o meu. Vou ficar com esse! Vou dar o meu velho pra ele. Mas o meu velho tá bom! Tá sem risco! Ele me pediu pra comprar pra ele, que dez real é bom preço... Mas só tinha essa marca. Eu queria mesmo era um óculos Puma, tá ligando? Aquele, que tem o cachorro do lado...

Bom, nessa hora não deu pra pensar ou sentir mais nada além de: FODEU! E o bafo de pinga...


Olha o cachorro aí em cima!


...Fim da Parte 1. (Pode acreditar! Tem mais...)

Influências

Blog. Tai, demorei bastante para ter a certeza de que o que eu quero é realmente escrever. Não só escrever para mim, mas escrever para as pessoas. Para você, que lê esse texto agora!

Então, como de praxe, acho que vale a pena algumas apresentações. A começar pela localização: “Planeta: Terra. Cidade: Tókio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio...”. Err... Na verdade é São Paulo, mesmo... Centro... Expandido pelo menos! E com isso temos a primeira constatação: Sim, espere referências a programas de TV, Séries, Desenhos e Leite de Caixinha (“Porque eu me amarro em Leite de Caixinha!”). Desenhos dos anos 80 e 90 (até porque fica chato eu assumir que conheço nome dos Pokémons, ou pelo menos 5 dos Aliens em que o Ben 10 se transforma... Pelo menos, por enquanto, sem a desculpa de ter um filho! Mas sim, já estou trabalhando nessa desculpa...).

Espere muitas referências a filmes, principalmente aos Clássicos. Bom, aos meus clássicos pelo menos. Filmes como: Goonies, História Sem Fim, Gremlins, E.T., Alien – o oitavo passageiro, Clube dos Cinco e por aí vai... E isso só na década de 80! Não vou esquecer dos filmes novos, mas esses eu ainda não decorei as falas... Ainda!

Musicalmente: Rock! Sempre que possível... Bandas como Legião Urbana, Pearl Jam, Beatles, Paralamas do Sucesso, B-52’s, Biquíni Cavadão, entre outros, farão parte da trilha desse Blog. Claro que tem vezes que, dada a situação, o máximo que consigo pensar para acompanhar o que está escrito é um Mamonas Assassinas, mas tudo bem... Horas falando sério, horas brincando, horas contando sobre algum fato ocorrido, esta será a trilha sonora.

Na literatura, sem sombra de dúvida, Paulo Coelho... Calma! Mentira! Pequeno teste social! Espero que não parem de ler esse post depois dessa brincadeira (e para você, fã do Paulo Coelho, que se sentiu ofendido, não precisa continuar lendo, tá?). Li quase tudo do Luiz Fernando Veríssimo, aliás, sou fã desde a época em que ele e os Cassetas eram redatores do extinto TV Pirata. Se eu conseguir passar um-doze avos do que eu mais gosto nos textos do Veríssimo, nesse blog, me dou por satisfeito. Gosto muito dos textos do Marcelo Rubens Paiva. Para avacalhar vale ainda o José Simão, nada como um humor non sense, vez por outra. Confesso que li toda a saga Harry Potter e gostei muito... Enfim, o assunto interessou, não importa o autor, leio (mas não consegui ler Paulo Coelho). Vale uma última influência. Acredito que por conta dos textos desse cara, fiquei com vontade de escrever: Rob Gordon. Não conhece? Visita lá: http://www.champ-vinyl.blogspot.com/. Sem dúvida foi ele o grande responsável por mostrar que talento, bom-humor e blog podem co-existir (não sei se pacificamente...).

E, claro, não poderia deixar de fora os games! Desde a época do Atari e Odissey, até o Xbox 360 e PS3, passando por Super Nintendo, Mega Drive, Sega CD e por aí vai! Algumas das histórias serão para me lembrar de como era fácil aquela época e que saudades eu sinto. Outras serão para afirmar: Ainda bem que tudo aquilo já passou! Jogar Pelé Soccer – 3 x 3 – no Atari, não tem comparação com jogar Fifa11 no PS3.

Por fim, as pessoas. E aqui, nesse campo, os agradecimentos e influências seriam tantos, que eu cometeria muitas injustiças. Desde pais, irmãos, padrinhos, primos, esposa e amigos, até os colegas e cachorros que o tempo acabou levando.

Quanto ao resto... Bom, acho que o resto os textos vão dizendo por si só: como sou, quem sou, onde moro... Detalhes...

A todas as influências aí de cima, do texto: Meus sinceros Agradecimentos!