terça-feira, 30 de novembro de 2010

Às vezes eles voltam... (ou Curso Rápido de Exorcismo)


A experiência acaba nos deixando preparados para muitas das coisas que encontramos em nossa vida. Para tantas outras, o tempo não vale tanto assim. Se você já assistiu ao quadro “O Real e o Sobrenatural”, no antigo programa Márcia, sabe disso! (Rá! Essa eu desenterrei...). Mas vale, também, para os antigos programas do Gil Gomes, no rádio, que eu ouvia quando dormia na casa da minha avó.

Eu me lembro de acordar ouvindo o rádio na cozinha. Era comum eu ficar deitado e ouvir sobre um homem que foi enterrado vivo, ou ainda a carona dada a uma pessoa, que na verdade era um fantasma e por aí vai, sempre com a cabeça coberta e rezando para que aquele barulho de vassoura na cozinha fosse mesmo coisa da minha Vó! Fora as histórias em família, coisas como uma mulher sentada em uma cadeira de balanço, vestida de noiva, pedindo carona na estrada ou, ainda, panelas que se batiam sozinhas (e não pela minha Tia, acordando a gente na praia, dizendo: “Aí Diabo! Puta que Pariu!”) e barulhos de correntes...

Os filmes de terror fizeram o resto do trabalho: Poltergeist, Exorcista, Terror em Amytville, Enigma do Mal (esse também conhecido como: “A História do Fantasma Taradão”). Sem contar os trash movies, como A Morte do Demônio! Passei por todos eles com louvor! Tive pesadelos com ET e Gremlins, mas os outros, aí de cima, não me lembro de problemas!

Então, basicamente, me preparei durante toda infância e adolescência para esse tipo de confronto. Outras obras de Stephen King também têm papel importante nessa formação. Assim como os gibis e o filme do Constantine, mais tarde.

Pois bem, alguns fantasmas resolveram voltar para me encher o saco. Coisas que eu pensei que estivessem mortas e enterradas. Coisas que não são desse mundo e que não respeitam as leis da natureza. Coisas que devoram a vida de homens, sua saúde e destroem sua família. Sim, estou falando de Projetos de Tecnologia da Informação. O que mais poderia ser? Sinceramente eu me sinto como a Regan, em O Exorcista: Porra, eu já me livrei desse espírito zombeteiro uma vez, sério que ele vai voltar? Sim, ele volta. Pelo menos até a parte 3 da sequência eu vou ter de aturar essa alma penada (e eu já estou na parte 3!!!).
Valem, no entanto, algumas lições que tive nos anos de preparação, para você evitar esse tipo de problema ou se livrar desse encosto:

a)      Nunca, jamais, vá em direção a luz: Principalmente à noite. A luz de computadores ligados a noite é um sinal de que o projeto está indo até tarde. Eles vão te pegar para ajudar! Fato! Portanto, fuja da luz! Passe longe! Não importa se você vê na luz a imagem de amigos, conhecidos e parentes. Fuja!

b)      “The power of Christ compels you”: A frase é legal, dá um efeito bacana nos casos de exorcismo. Antes de casar passei mal à noite, sozinho no apartamento, e vomitei até a alma (agradeço a São Outback por essa experiência com a outra vida!). Tenho certeza que ouvi o vizinho de algum dos andares gritar três vezes essa frase. Foi legal, até ri um pouco antes de chamar o Hugo de novo, mas não dá resultados. Fiz a mesma coisa com o projeto – com água benta! – e o máximo que consegui em retorno foi uma risada demoníaca de alguns “amigos”... Esqueça essa técnica.

c)      As coisas se mexem sozinhas: My ass! Nem você colocando pessoas responsáveis por cada tarefa elas se mexem, o que dirá sozinha! No caso em questão as coisas caem em cima de mim para que eu mexa com elas. E com você vai ser a mesma coisa. Até agora não sei como evitar isso...

d)      Autocombustão: Como diria o padre Quevedo: “Isso non eqxiste!”. Não mesmo. Eu tenho vontade de botar fogo nessa pitomba, por conta própria!

e)       O velho truque de virar a cabeça: Leitores, não tentei isso, ainda, mas do jeito que andam as coisas é uma alternativa. Tenho algumas idéias para colocar em prática, mas, basicamente, a técnica é vestir a camisa ao contrário (peça para alguém de confiança abotoar sua camisa), vestir a calça ao contrário e ao chegar ao serviço tire os sapatos e ande apenas no calcanhar, arrastando o sapato do lado contrário (esconda a ponta dos seus pés na barra da calça). Lembre-se, esse truque só dá certo com camisas de manga compridas! As pessoas vão sacar se seu cotovelo estiver do lado certo, portanto, cuidado! Se repararem na mão, diga que elas também viraram (nos dias frios use luvas ao contrário). Frases desconexas ajudam! Fale com firmeza. Diga que é uma língua morta qualquer: Aramaico é uma boa opção. Cuidado com o COBOL, pois tem gente que ainda entende essa. Garantia de licença! Nem que seja médica, para tratamento.

f)       Arrastar as correntes: Esqueça! Se tem uma coisa que os jogos da série Road Rash e o Mad Max me ensinaram é que correntes não foram feitas para serem arrastadas. Se tiver a chance saia com seu carro/moto e sua corrente. Ao encontrar seu chefe ou pessoas do grupo – aquelas que você tem mais “carinho e respeito” – gire a corrente e busque o pescoço/cabeça. Se você levar alguns amigos no carro gritando o riff da Cúpula do Trovão, dá uma plasticidade diferente: “Dois homens entram. Um homem sai!”. Um bom advogado faz a diferença nesse caso!

g)      A cena da risada sem razão: Se tem uma coisa que eu me lembro bem do Ash, em Uma Noite Alucinante (ou A Morte do Demônio, depende de quanto você assistiu esse filme), é a cena em que tudo na casa começa a dar risada dele. Ele não sabe o que fazer e começa a rir também. Ele ri até a margem do mais puro desespero. Não se preocupe. Se você leu esse texto até aqui – e assim como eu, está passando por problemas de Possessão Demoníaca de Projetos (as famosas PDP’s) - você não vai precisar fingir. É uma questão de tempo para você rir alucinadamente! Fala a verdade: Quantos Gerentes de Projeto que você conhece que são ou estão ficando carecas???


Se você ainda estiver rindo de alguma das referências acima, procure tratamento. Já pode ser tarde... The power of Christ compels you! The power of Christ compels you! The power of Christ compels you!



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Traz Chocolate Branco!



Eu gosto de chocolate branco. Aliás, adoro chocolate branco. Para mim é o único tipo de chocolate que realmente vale à pena. Se você acha que chocolate branco não é chocolate, pare de ler o texto aqui e vá para os comentários. Desopile o fígado, escreva o que quiser (Bazzinga! I don’t care!). E sinta minha fúria depois! Muahaha...

Mas como a idéia é ser um flash post, para voltarmos à programação normal, vou contar uma história rápida que aconteceu há quase dois anos atrás.

Foi um dia de semana normal, cheguei mais cedo em casa e estava jogando qualquer coisa no Wii ,quando meu celular toca. Na sala, eu, meu pai e minha prima. Atendi:

- Alô

- Oi, tudo bem?

- Tudo e aí?

- Tudo bem! To na rua ainda e vou me atrasar.

- Tá bom.

- Olha, eu já comprei o presente da Fulaninha. A gente vai ter que ver como fazer, no final de semana, para levar o presente. Eu ainda não comprei o material das crianças. Acho que a gente vai ter que passar no Shopping também.

- Tá bom. A gente vê.

- Qué alguma coisa da rua? Eu vou demorar um pouco ainda.

- Um chocolate!

- Ah! Aqueles com gengibre que você gosta?

- Chocolate Branco!

- Mas chocolate branco com gengibre?!?!?

- Ah, tanto faz...

- *risos* Tá bom, depois a gente se fala. Beijo.

- Beijo.


Desliguei o telefone a tempo de olhar para a cara do meu pai e da minha prima, que, sem entender, perguntou:

- Quem era? Minha mãe?

- Sei lá! Engano! Só espero que alguém ganhe um chocolate branco hoje. (Era engano, mas eu não ia abandonar minhas convicções!)



Se por uma dessas coincidências da vida:

a) Você que me ligou aquele dia ler esse texto:
 - Eu não recebi o chocolate!

b) Você que recebeu o chocolate no meu lugar ler esse texto:
 - De nada, Amigão!

Guerra é guerra (parte 2)


Três dias depois, os sinais de guerra eram claros. Vírus e Leucócitos mortos. Não se via nada além de sangue. Sangue em todos os lugares! (por razões óbvias).

- Capitão...cof-cof-cof... Capitão, na escuta?? Líder Branco falando, Capitão... Cof-cof-cof. Por que não temos contato com a base? Já matamos todos os vírus, por que mais e mais continuam aparecendo? Soldados! Soldados!

- Sim senhor, chefia, senhor!

- Eu pedi Soldados! Quem são vocês?

- Olha, chefia, é o seguinte, a coisa ficou meio complicada e acabaram recrutando plaquetas mesmo. A gente tava meio de saco-cheio desse serviço de correr pra parar sangramento. A gente quer ver sangue!

- Meu Deus. Vocês vivem no sangue! Querem ver mais o que?!?!

- Ihhhh, ó o cara, aí! Seguinte, a gente quer ir pro front. Wanderbelson, aos seus serviços! Eu e o Piolho aqui – mas se o senhor quiser pode chamar a gente de 01 e 02 – praticamo pacas Call of Duty: Modern BloodWar. Inclusive, se você procurá por nóis, você vai acha que somo tudo nível 50!

- É, chefia! Minha mãe não deixa mais eu joga, desde que ela me pegou xingando uns argentinos no modo on-line! Eles me chamaram de “plaquetita de macaquito”!?!?! Bando de F...

- Parem vocês dois!! Eu mereço! Acho que não teremos dificuldade, já que a grande maioria dos vírus já está morta, mesmo! A missão é de reconhecimento e procura, não consigo falar com o Capitão. Já que a dificuldade é zero, vocês estão recrutados.

- Beleza! Manda as AK pra gente agora que eu quero sentar o dedo num filho da...

- RAPAZ! Você é burro ou o que?!?!?! É só para procurarmos o Capitão!

- Tá, firmeza, chefia. Mas nóis volta pra janta, né? Senão a mãe fica brava!

Horas depois, a “nova equipe” do Líder Branco chega à base, no pulmão. E são surpreendidos por uma cena bizarra.

- CAPITÃO O QUE É ISSO?!?!?!

- Olha lá, Piolho, o Veio do Capitão tá dando um trato naquela vírus nível 5!!! Continua filmando com o celular Piolho, não para não! Se a Geyse Arruda saiu na Sexy, nóis vai fatura uma nota com essa vírus e o Capitão peladões!

- Verdade, Wanderbelson, é bem melhor ver isso que a Geyse!

- Err, senhores posso explicar... é que...

- Capitão, como Líder Branco e segundo em comando, aqui, o senhor está preso! Isso explica porque essa gripe não passava! O senhor tá pegando a vírus! E reproduzindo com ela!!! Porra, Capitão!!!

- É, Véio! Tira esse uniforme! Você não é caveira, você é muleque! Muleque! (filmô aí, Piolho?!?!?!)


Aparentemente o Capitão e a Vírus aproveitavam enquanto o Líder Branco dava um pedala na orelha dos dois Plaquetas folgados e fugiram em um espirro, que se formava por ali. Ninguém sabe, até o momento, qual o destino dos dois foragidos, mas aparentemente o Gordinho está melhor.

Relatos recentes informam que depois da fuga do Capitão a D. Baratinha, esposa do Gordinho, também ficou gripada...



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guerra é guerra (parte 1)


Sábado, 20 de novembro, 23h.

- Capitão Leucócito, senhor?

- Prossiga Líder Branco.

- Senhor, parece que temos novidades. Novo ataque. Uma espécie de Gripe Nível 5!

- Aí Meu Deus! Eu não acredito nisso, o Gordinho vai estragar o meu final de semana...

- O que foi senhor?

- Nada, nada. Mande uma equipe de reconhecimento. Mande só neutrófilos, acredito que eles estejam com fome. Quero um reconhecimento completo, em 6h, positivo?

- Positivo e Operante, Capitão! Eu sempre quis dizer isso...

Seis horas depois...

- Capitão, na escuta?

- Prossiga Líder Branco.

- Capitão, confere! Parece um vírus hostil terrorista, Gripe Nível 5. Ele depositou bombas nos membros superiores e inferiores, não conseguimos chegar a tempo.

- Hummm, isso explica o Gordinho reclamando que não consegue se mexer. Você verificou a base de dados da CIA (Centro de Informações Antivírus)?

- Positivo Capitão! Sem identificação. Diga-se de passagem, o Gordinho é uma espécie de enciclopédia de doenças ambulantes. Encontrei bronquite, caxumba, catapora, diferentes casos de diarréia – aliás, senhor, se me permite dizer, o senhor devia consultar os vídeos das diarréias, tem coisas muito engraçadas lá! – até suspeita de H1N1 eu encontrei nos arquivos.

- Estou ciente. Ele é um pé no saco! Mas, enfim, somos pagos para isso. Reúna os homens, quero uma força tarefa com os granulados que conseguir encontrar.

- Capitão, senhor? Posso sugerir “um calor” no Gordinho? Teremos a vantagem de aumentar a temperatura e acabar com esse vírus. Teremos o bônus de ver o Gordinho suando e reclamando, o que é sempre interessante para os vídeos do arquivo!

- Negativo, Líder Branco! Negativo! Que espécie de idéia é essa?!?! Mas você me deu uma boa idéia: iniciaremos o ataque com uma febre de 38°C, copiou? Grave tudo em vídeo, teremos reunião de fim de ano, dos superiores, no próximo mês e eu quero fazer a abertura com os piores momentos do Gordinho. O pessoal adora!

- Ah tá (uau)... Ótima idéia, senhor... Estou providenciando.

... Algumas horas e muitos suores depois...

- Capitão! Capitão!  Acabou o Domingo, ele já tomou Benegrip, homeopático, tomou banho, acho que vi o Gordinho pulando em um pé só, falando “Pé de pato, mangalô, três vezes”. Aliás, a coisa deve estar séria, Capitão, eu o vi sorrindo quando o Fluminense fez gols! Contra o São Paulo! Capitão, ele não estava xingando, estava rindo!!!

- Meu Deus, a coisa é séria! Muito bem, vamos deixá-lo dormir, enquanto isso, quero mais um batalhão de granulados da infantaria e linfáticos com rifles combatendo o vírus. Sei que é Domingo, mas deixe os monócitos com as snipers a postos para segunda-feira. Essa Guerra está apenas começando...

Fim da parte 1.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É Peruca???



Post rápido, para voltarmos à programação normal:


Não sei quem foi o engraçadinho que inventou que criança não mente. Sério!

A cena é simples: Um dia de semana, estou descendo no elevador, sozinho, quando este para no segundo andar. Abre a porta do elevador, do lado de fora uma senhora e um anão fantasiado uma menininha (de uns 4 ou 5 anos). A senhora abre a porta:

- Desce?

- Sim

A menina olha dentro do elevador.

Olha pra mim.

Aponta a mão para o alto e diz:

- É PERUCA???

Bom, sinceramente não deu tempo para pensar muito no que responder, consegui, no máximo, um:

- Não! Parece?!?!?!

A senhora fechou a porta e disse:

- A gente vai no próximo!

Ainda deu tempo de ouvir:

- Aí, Meu Deus! Fica quieta, Fulana!

Ainda não cortei o cabelo, mas a decisão tá tomada! Tenho medo de que o próximo guri, ao abrir a porta do elevador, diga (como um Amigo meu):

- Ih! Quéissaí??? Tem um bicho morto na sua cabeça, Tio!


Em Tempo: Filho, que está a caminho, eu vou te treinar para parar o elevador no segundo andar e sacanear a mãe da garotinha... Sei lá, pergunta se ela tá grávida ou só é gorda assim mesmo (ou qualquer coisa que o valha!). Mas faça isso com a sua mãe junto! Dá de a menina lembrar de mim... E a gente se vinga do Tio que fala do bicho morto, que, até lá, nem vai ter mais cabelo!!!

Esse cabelo vai entrar na moda! Eu juro!



PS: Tá bom! Meu cabelo tá parecendo do Coalhada, mas não é peruca, pô!


terça-feira, 9 de novembro de 2010

A História de Zumbongo

 
Nossa história começa há mais de 30 anos, quando nasce nosso anti-herói. Vindo de uma família normal, desde pequeno mostrava sinais de que, apesar da aparência humana, não conseguiria enganar os outros por muito tempo. Enquanto acordado conseguia manter as aparências e evitava palavras desconexas, como “Blergh!” “Blargh!” ou “ouoooooo!” (igual ao Dinei, sabe?) , assim como, controlava seu afã por cérebros e outros quitutes do corpo humano.


Fatos da Vida de nosso Zumbi:

- Por volta dos 4 anos de idade, nosso anti-herói foi passear na praia com um casal de primos. Mãos dadas, todo pimpão, caminhando cedo pela praia. Depois de alguns minutos de caminhada ele apaga e continua andando. Assim! Acredito que quem assistisse à cena ficaria com a impressão de que George Romero estava filmando um de seus clássicos em Long Beach (São Paulo/SP - BR): A Praia do Zumbi Mirim - na Sessão da Tarde o chamado seria mais ou menos assim: “Esse zumbizinho muuuuito louco vai a praia a procura de miolos e apronta as maiores confusões!” - só faltou, realmente, dizer “Céééérebroooo” enquanto caminhava, com dois adultos arrastando-o de volta para casa, de cabeça baixa e olhos fechados;
 
- Novo fato e, novamente, na praia. (Nota do escritor: Talvez houvesse alguma emissão de gases, de alguma experiência do exército ali na praia... Talvez essa seja a origem do mal!) Enfim, novo passeio – já aos 8 ou 10 anos de idade, a memória “recente” do zumbi tem falhado – também com primos. Também cedo. Na calçada que ia da casa de sua tia à praia tinha uma boca de lobo sem tampa. E assim ela ficou durante muitos anos. O “pequeno“ zumbi sai com os olhos fechados, prancha de bodyboarding na mão, em direção à praia, pela calçada da boca de lobo. Mesmo com os seguidos avisos de “ó o buraco... Ó o Buraco! Ó O BURACO!!!”, nosso herói entrou em seu sono catatônico. Por sorte, o zumbi aprendeu que anjos da guarda não se importavam com sua condição inumana: Um dos pés do Zumbi pisou em uma borda e o outro atravessou por cima do buraco, para alívio dos espectadores vivos;

- Isso para não falar em todas as viagens de carro. E por viagem de carro entenda: entrar no carro como passageiro e alguém ligar o carro. Pronto! Banco da frente, banco de trás, até mesmo em uma cadeira de praia na parte de trás de uma caminhonete F-1000... Zumbi Mode: On!

- Recorde do nosso anti-herói: Desfile das Escolas de Samba de São Paulo! (afinal, convite ganho, não dá pra escolher muuuuito o que se vai assistir). Primeira escola, aquela alegria, o zumbi, ainda em seu estado humano, levanta os dois dedos indicadores, braços para o alto em movimento e beleza! Tá sambando! Não precisa mexer o resto!



Nota de Agradecimento do Zumbi: “Obrigado a todos os alcoólatras conhecidos das festas de infância! Sabe como é, fim de festa, o pessoal sempre colocava na vitrola (e se você não sabe o que é isso, eu sinto muito, você também não vai saber do que estou falando!) ‘Viveeeer e não ter a vergonha de ser feliz...’ e a galera do álcool saía, com os dedinhos levantados, copo de cerveja/chope/whisky na mão, em trenzinho e cantando... Coisa Linda!

Senhores, o pior é não sacar que quando tocam essa música é pra ir embora! Chega! Acabou a festa!

Obrigado.”



E vem segunda escola, terceira, acho que lá pra quarta, chovendo, o Zumbi, de capa de chuva, com aquele barulhinho das gotas batendo no plástico, não teve dúvida: Apagou de novo! Em frente à bateria.



Enfim, nosso Zumbi já entrou em transe em festas de aniversários, reuniões familiares, filas e até jogando videogame, quando conseguiu a façanha de ganhar set, game e match no Beach Volleyball, do PS2, contra outras duas pessoas... ACORDADAS!!!

Isso para não falar nas inúmeras vezes que nosso herói dormiu no telefone enquanto falava com sua namorada e atual esposa. Talvez por medo do poder zumbi, ela não o acordava ao telefone... Isso, ou pelo fato de que quem ligou foi ele e caberia só a ele explicar, para o Papai Zumbi Sênior, o valor da conta telefônica, quando ela chegasse.


Nova Nota Zumbi: Papai Zumbi nunca havia sofrido dos mesmos males de seu filho zumbi... Pelo menos até os cinqüenta, quando começou a sofrer a síndrome do Vovô Simpson. Não importa onde ele esteja, depois do almoço, a voz do Zumbi interior também o chama e ele apaga! Talvez, no fim das contas, seja genético! Hoje em dia até contando histórias ele dorme!



Mas a alcunha definitiva de nosso Zumbi só veio há duas semanas atrás. Enquanto ele assistia ao filme A Maldição dos Mortos-Vivos, pegou no sono (sem novidades, afinal é uma maldição zumbi!), acordou no meio do filme e foi para o banheiro escovar os dentes – ele é Zumbi, mas é limpinho, pô! - Lá, ele disse para sua esposa:

- Uaaaahhhhh!

- O que é isso? Um Zumbi Mongo?!?!?!


E assim nascia Zumbongo, o Zumbi Mongo...


Dizem que a noite, se você prestar atenção, você escuta o ronco do além de Zumbongo... No prédio inteiro! Mas pra mim isso é lenda...

 Zumbongo em vários momentos!

Não perca as próximas aventuras do nosso anti-herói.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Caso da Terça à noite na TV – Parte Final


(Tentando descobrir o começo da história??? Siga esse suspeito: parte1!)

“Em nosso último episódio, enquanto Jambo estava grávida, deitada no sofá, nosso amigo Ruivão olha para a TV...”

Lucianta Gimenez. Sim. Mais uma vez eu me via frente-a-frente com a mais anta de todas as apresentadoras de TV. A Palmirinha tinha a desculpa da idade, pelo menos (com voz de Huguinho: “faaaca!”). Maldita hora que guardei a arma! A Lucianta só perde para a Carla Perez, com seu famoso “i’, de “iscola”, no extinto Fantasia (enquanto escrevo isso, meninas dançam ao fundo, apontando para o pulso esquerdo e em seguida para a própria cabeça, repetindo o passo incessantemente).

- Fica vendo a TV...

- Sério que você quer que eu assista isso?! Nem acredito que você – que já participou do filme dos Caça-Fantasmas - faça isso!

- Fica olhando...

- Tá, o que eu quero saber da ex-namorada da Thammy Gretchen?!?! Tudo bem, confesso que eu vi as fotos... Até assisti ao filme (eu era solteiro ainda!), mas e eu com isso??? (essa era uma maneira educada de dizer E O KIKO?!?!?! Não sou louco... Ela estava perto, podia me acertar com um marshmallow)

- Não é isso! A outra, que namorou o Ronaldo!

- A namorada da Thammy não namorou o Ronaldo! Eu sei disso! Aliás, hoje em dia ele nem gosta da fruta!

- Não! A outra que tá no programa namorou o Ronaldo! Olha ela lá!

- Onde? Peraí, das ex-namoradas do Ronaldo eu vi na mídia a Vivi, a Nádia, a Milene, Armandão Pé-de-Mesa... E dessas, eu me lembro das fotos das duas primeiras e do filme da Vi...

- É essa mesmo! Olha lá como ela tá gorda! Que horror!

Nesse momento não entendi bem o que ela quis dizer: se era uma crítica a Vivi ou a mim, como obeso, mas vamos relevar. Ela realmente estava gorda! E agora arrependida dos filmes que fez. Eu concordo com a Vivi, tem que se arrepender mesmo. Se muito, o filme é nota 6, porque estou de bom humor! Não que eu espere um grande enredo, ou grandes efeitos especiais, mas, “fia”, foi triste...

Claro que um programa como esses só podia trazer algo a acrescentar a cultura dos seus telespectadores, não apenas mostrar o drama da Vivi! Ela agora crê “na palavra” e se encontrou com Jesus. Deve ser o da Madonna, porque a cara dela não me engana. Aliás, esse negócio de palavra eu nunca entendi. Gostaria de ver um pastor, sério, na televisão, olhando para a Vivi e dizendo:

- A palavra é “Ilariê” e tá em uma música da Xuxa! Valeeeenddooooo...

Logo em seguida um dos participantes levanta com uma mala transparente, com notas de R$100,00 e fala para o pastor ou apostolo ou whatever (Bazzinga – de novo – I don’t care!):

- Pastor! Se você for, agora, lá pra dentro e assistir a um filme pornô, eu te dou essa maleta com 1 milhão de reais!

Virei para Stay Puft e disse:

- Humpf, por dez real eu faço o mesmo serviço... E se me mandar o avi por e-mail é de graça!

- Besta!

Achei então que era hora de aumentar o nível da programação da minha TV, enquanto Stay Puft se levantava leeeeentamente para ir ao banheiro. Pela terceira vez desde que eu cheguei em casa!

Mudei para Record.

Era dia de formação da Roça em A Fazenda 3... Era isso ou A Praça É Nossa...