quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eu preciso me apaixonar!

(desculpem, eu tinha que publicar isso… nem que seja pra me sentir melhor, comigo mesmo)

É, assim, uma declaração… Uma afirmação! Eu preciso me apaixonar e ponto.

Como na música “Love in the Afternoon”, da Legião: Eu sempre me apaixonei, todo dia (nem sempre pela pessoa errada...mas acontece!). Na verdade nem sempre por uma pessoa. Às vezes era por um cachorro. Um livro. Um jogo. Um amigo. Na maioria das vezes, nos últimos 10 anos, era até se apaixonar pela mesma pessoa, todo dia.

Mas alguma coisa mudou, nem sei onde, não sei quando. Não sei se é só uma fase. Ou se, sem mais, me amputaram essa capacidade. Amputado, acho que isso dá, mais ou menos, a dimensão da coisa... E, acredite, para alguém que é só emoção, como eu, isso dá uma diferença muito grande (mesmo que, às vezes, eu tente esconder isso em um lado racional, que, acho, escondo muito bem... ou pelo menos achava isso). Aliás, não se apaixonar, faz toda a diferença.

Você liga o videogame, com a nova versão do FIFA, que você mais esperava. Começa a rodar e sua reação é: “Ok, legal. Essa versão ficou melhor“. A reação esperada? Xingar muito o time e o juiz. No primeiro pênalti não marcado é levantar do sofá e ameaçar a TV dobrando o braço e cerrando o punho, no melhor estilo Homer Simpson. Na hora do segundo gol do Corinthians (e, claro, do Jorge Henrique!), contra o São Paulo, que já teve um expulso, a vontade de dividir aquela porra daquele controle do PS3 no meio. Ou, pelo menos, um CHUPA, TIMINHO DE MERDA ao fazer "o honrinha". Mas, por algum motivo, foram alguns xingos esparsos... depois de muito tempo jogo.

O mesmo aconteceu com os amigos. Os mais antigos, nem sinal: nem meu pra eles, nem deles pra mim. Os mais próximos, acho que acabei empurrando um pouco mais pra longe nas últimas semanas (mesmo que eles não queiram ficar longe). Não é uma questão de negligência. Eu só não consigo mais me apaixonar por cada um deles. Do jeito que era antes. Do jeito que eu queria.

A loucura que eu tinha de escrever, aqui, no blog. De me abrir e poder contar pelo que eu estava passando. De poder deixar explicito – escancarado - o que sinto. Passou...

Falar que eu não tenho o mínimo prazer no meu trabalho, hoje, é perda de tempo. Tá na cara! Eu não consigo aprender nada novo. O que eu já sabia vai ficando de lado, sendo esquecido... E não vejo nenhuma perspectiva de melhora... E isso me deixa pior ainda... E, sim, eu sei das minhas responsabilidades. Sei que não dá pra jogar tudo pro alto e fugir...  E isso me deixa frustrado!

E já não sei se sinto a mesma saudade do cachorro, que sentia antes...

Nem mesmo consigo dizer, todo dia, EU TE AMO, do jeito que eu dizia... Pra mesma mulher... Nos últimos 10 anos...


Acho que a paixão acabou...


E você chega em casa cansado. MORTO. Em um dos piores dias da sua vida. Mesmo depois de tudo dar errado durante o dia inteiro (você só queria uma cama e, com um pouco de sorte – talvez - um ataque cardíaco fulminante). E lá está seu filho, sorrindo. Pedindo colo.

E sem saber se você está sofrendo ou não, tudo que ele pode te oferecer está ali, nos olhos dele: Amor. Amor por você. Amor INCONDICIONAL! Não importa se você é bom ou ruim. Feio ou bonito. Alegre ou triste. Um cara de sucesso ou só mais um... E ele fica te chamando, por mais que você não queira ouvir, com aquele sorriso no rosto... E você tem a maior certeza da sua vida: de que nunca – NUNCA - em momento nenhum, você amou tanto alguém como aquele menino... E a única coisa que você tem vontade é de se esconder, ali, atrás daqueles 80 ou 90 cm e pouco mais de 9 Kg.


Acho que ainda há esperança...


Fim da Parte I (espero que tenha parte II)

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