terça-feira, 9 de novembro de 2010

A História de Zumbongo

 
Nossa história começa há mais de 30 anos, quando nasce nosso anti-herói. Vindo de uma família normal, desde pequeno mostrava sinais de que, apesar da aparência humana, não conseguiria enganar os outros por muito tempo. Enquanto acordado conseguia manter as aparências e evitava palavras desconexas, como “Blergh!” “Blargh!” ou “ouoooooo!” (igual ao Dinei, sabe?) , assim como, controlava seu afã por cérebros e outros quitutes do corpo humano.


Fatos da Vida de nosso Zumbi:

- Por volta dos 4 anos de idade, nosso anti-herói foi passear na praia com um casal de primos. Mãos dadas, todo pimpão, caminhando cedo pela praia. Depois de alguns minutos de caminhada ele apaga e continua andando. Assim! Acredito que quem assistisse à cena ficaria com a impressão de que George Romero estava filmando um de seus clássicos em Long Beach (São Paulo/SP - BR): A Praia do Zumbi Mirim - na Sessão da Tarde o chamado seria mais ou menos assim: “Esse zumbizinho muuuuito louco vai a praia a procura de miolos e apronta as maiores confusões!” - só faltou, realmente, dizer “Céééérebroooo” enquanto caminhava, com dois adultos arrastando-o de volta para casa, de cabeça baixa e olhos fechados;
 
- Novo fato e, novamente, na praia. (Nota do escritor: Talvez houvesse alguma emissão de gases, de alguma experiência do exército ali na praia... Talvez essa seja a origem do mal!) Enfim, novo passeio – já aos 8 ou 10 anos de idade, a memória “recente” do zumbi tem falhado – também com primos. Também cedo. Na calçada que ia da casa de sua tia à praia tinha uma boca de lobo sem tampa. E assim ela ficou durante muitos anos. O “pequeno“ zumbi sai com os olhos fechados, prancha de bodyboarding na mão, em direção à praia, pela calçada da boca de lobo. Mesmo com os seguidos avisos de “ó o buraco... Ó o Buraco! Ó O BURACO!!!”, nosso herói entrou em seu sono catatônico. Por sorte, o zumbi aprendeu que anjos da guarda não se importavam com sua condição inumana: Um dos pés do Zumbi pisou em uma borda e o outro atravessou por cima do buraco, para alívio dos espectadores vivos;

- Isso para não falar em todas as viagens de carro. E por viagem de carro entenda: entrar no carro como passageiro e alguém ligar o carro. Pronto! Banco da frente, banco de trás, até mesmo em uma cadeira de praia na parte de trás de uma caminhonete F-1000... Zumbi Mode: On!

- Recorde do nosso anti-herói: Desfile das Escolas de Samba de São Paulo! (afinal, convite ganho, não dá pra escolher muuuuito o que se vai assistir). Primeira escola, aquela alegria, o zumbi, ainda em seu estado humano, levanta os dois dedos indicadores, braços para o alto em movimento e beleza! Tá sambando! Não precisa mexer o resto!



Nota de Agradecimento do Zumbi: “Obrigado a todos os alcoólatras conhecidos das festas de infância! Sabe como é, fim de festa, o pessoal sempre colocava na vitrola (e se você não sabe o que é isso, eu sinto muito, você também não vai saber do que estou falando!) ‘Viveeeer e não ter a vergonha de ser feliz...’ e a galera do álcool saía, com os dedinhos levantados, copo de cerveja/chope/whisky na mão, em trenzinho e cantando... Coisa Linda!

Senhores, o pior é não sacar que quando tocam essa música é pra ir embora! Chega! Acabou a festa!

Obrigado.”



E vem segunda escola, terceira, acho que lá pra quarta, chovendo, o Zumbi, de capa de chuva, com aquele barulhinho das gotas batendo no plástico, não teve dúvida: Apagou de novo! Em frente à bateria.



Enfim, nosso Zumbi já entrou em transe em festas de aniversários, reuniões familiares, filas e até jogando videogame, quando conseguiu a façanha de ganhar set, game e match no Beach Volleyball, do PS2, contra outras duas pessoas... ACORDADAS!!!

Isso para não falar nas inúmeras vezes que nosso herói dormiu no telefone enquanto falava com sua namorada e atual esposa. Talvez por medo do poder zumbi, ela não o acordava ao telefone... Isso, ou pelo fato de que quem ligou foi ele e caberia só a ele explicar, para o Papai Zumbi Sênior, o valor da conta telefônica, quando ela chegasse.


Nova Nota Zumbi: Papai Zumbi nunca havia sofrido dos mesmos males de seu filho zumbi... Pelo menos até os cinqüenta, quando começou a sofrer a síndrome do Vovô Simpson. Não importa onde ele esteja, depois do almoço, a voz do Zumbi interior também o chama e ele apaga! Talvez, no fim das contas, seja genético! Hoje em dia até contando histórias ele dorme!



Mas a alcunha definitiva de nosso Zumbi só veio há duas semanas atrás. Enquanto ele assistia ao filme A Maldição dos Mortos-Vivos, pegou no sono (sem novidades, afinal é uma maldição zumbi!), acordou no meio do filme e foi para o banheiro escovar os dentes – ele é Zumbi, mas é limpinho, pô! - Lá, ele disse para sua esposa:

- Uaaaahhhhh!

- O que é isso? Um Zumbi Mongo?!?!?!


E assim nascia Zumbongo, o Zumbi Mongo...


Dizem que a noite, se você prestar atenção, você escuta o ronco do além de Zumbongo... No prédio inteiro! Mas pra mim isso é lenda...

 Zumbongo em vários momentos!

Não perca as próximas aventuras do nosso anti-herói.


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