quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Caso da Terça à noite na TV – Parte I

Terça-feira! Era uma dessas terças normais, sem muito pra fazer ou dizer. Fiquei no meu escritório o dia inteiro, consegui fazer um cronograma para encontrar um projeto desaparecido... Como Detetive, já estava de bom tamanho.

Chego em casa às 22h e 30 min., certo de que qualquer coisa não estava certa. Os avisos começaram no carro. O sinal “INSP” piscava no painel.

Significa??? Difícil saber.

Ele pode dizer que estava INSPirado, mas para um carro 1.0, que só chega aos 70Km/h, não pode ser inspiração, no máximo transpiração para passar a mobilete à minha esquerda. Podia ser INSPeção veicular, da prefeitura, mas não acredito que o carro fosse tão “in” assim! Talvez INSPissar
(Google it!), mas não haveria nada que eu pudesse fazer com o carro nesse sentido.  Enfim, tem uma coisa que aprendi nesses anos todos de computação: Não existe tecla “any”! Fato! Por várias vezes o computador já me pediu: “Press Any Key!” e por horas varri cada uma das teclas do teclado... Sem sucesso, a raiva tomou conta de mim e apertei qualquer tecla... Funcionou! Com o carro também deu certo. Essa é a técnica que uso quando não sei o que fazer. O importante não é dar certo ou errado. É ter em quem por a culpa, se der errado.

E antes que você dê a sugestão: manual é para os fracos! E eu precisaria de um banheiro para fazer uma leitura atenta do manual, o que não vinha ao caso.

Desliguei o carro e tomei a mesma decisão de toda a noite: chamar o elevador. Escada é para os fortes! Não é o meu caso. São anos e anos preparando meus músculos abdominais com Big Mac’s e Coca-Colas. Já criamos um vínculo... Não posso perdê-los agora. Até por que, se o fizesse, eu ia ficar parecido com o Lino Vem-que-Tem, do Snoopy, só que ao invés de arrastar um cobertorzinho, eu iria arrastar a pelanca da barriga...

(Esse sou eu, antes de chegar no elevador)


Entro em casa. No sofá uma miniatura do Stay Puft – o Homem de Marshmallow – me aguardava, comendo um Cornetto Chocolate-Caramelo. Seus pés e pernas eram pequenas bolinhas brancas e a barriga não me enganava. Faltavam só o bonezinho e a roupinha de marinheiro.


Caro(a) Leitor(a), faço uma breve interrupção nesse post para dizer: Se eu aparecer morto foi a D. Baratinha que, mesmo grávida e com pés inchados, me alcançou e acabou com a minha raça... Denuncie!

Amor, eu sei que você vai ler isso! É uma piada, tá? Seus pés estão lindos inchados!


- Boa-noite Stay Puft! - Eu disse, tirando meu casaco e meu chapéu. Achei que não era hora, ainda, de me separar do meu coldre e da minha arma...Não sabia que reação ela teria.

- Humpf! Idiota... – Foi o máximo que consegui de volta. Já podia guardar a arma no armário.

Olhei na mesma direção dos olhos de Stay Puft... Super Pop na TV. Meu tormento estava apenas começando.

 
Continua...

Um comentário:

Al Fear disse...

Uma coisa é cutucar onça com vara curta... O que você fez foi empurrar a bunda do T-Rex com a ponta da sua verruga. Parabéns por ainda estar vivo.